terça-feira, 24 de julho de 2012

Abreu e Smailly sentam hoje no banco dos réus.


Após praticamente quatro anos, os acusados de autoria de um dos mais bárbaros crimes da história de Imperatriz, que foi o sequestro, cárcere privado, homicídio e ocultação de cadáver do acadêmico Ivanildo Paiva Barbosa Júnior, vão sentar no banco dos réus.
O Tribunal do Júri, sob a presidência da juíza Suely de Oliveira Feitosa, titular da 2ª Vara Criminal da Comarca de Imperatriz, se reúne hoje, às 8 horas, no Salão de Júri do Fórum Henrique de La Rocque Almeida, para julgar os ex-policiais Smailly Araújo da Silva e Antonio Ribeiro Abreu.
O sequestro de Ivanildo Júnior aconteceu no dia 13 de setembro de 2008 e o corpo foi encontrado oito dias depois, em uma cova rasa num matagal às margens da Estrada do Arroz.
Os acusados do crime, os policiais Smailly Araújo e Antonio Abreu, foram presos depois de comprovado, através de imagens da câmera de segurança de uma empresa de Imperatriz, que eles foram os autores do crime.
Ivanildo Júnior foi abordado por Smailly e Antonio Abreu na Avenida Getúlio Vargas, no Centro, quando estava se dirigindo para casa, localizada no bairro Vila Nova, depois de participar de um show no Parque de Exposições. Depois dessa abordagem, ele desapareceu e foi encontrado sepultado em uma cova rasa na Estrada do Arroz.
Smailly e Abreu foram indiciados por sequestro, cárcere privado, homicídio e ocultação de cadáver. Os dois tiveram a prisão preventiva decretada pela juíza da 2ª Vara Criminal da Comarca de Imperatriz, Suely de Oliveira Feitosa. Por medida de segurança, os policiais foram levados para São Luís, ficando em celas do Comando Geral da PM. Ontem foram trazidos a Imperatriz para o julgamento.
Os dois foram excluídos da Polícia Militar, por ato da governadora Roseana Sarney, logo que foi comprovada a culpabilidade deles.
Desse crime, apenas o segurança Claudionor Ferreira dos Santos, o “Claudinho”, justamente o que teve um envolvimento menor, foi julgado e condenado a 16 anos de reclusão. “Claudinho” foi preso porque sabia do crime, até acompanhou o martírio da vítima, e não comunicou o fato à polícia. Ele, que era amigo do policial Smailly, foi acusado e julgado por coautoria.
Caso de repercussão
O assassinato de Ivanildo Júnior é um dos casos mais chocantes ocorridos em Imperatriz nos últimos anos, tendo ganhado destaque na imprensa nacional.
Conforme os autos do processo, Ivanildo Júnior estava voltando de uma festa na Avenida Beira-Rio na madrugada do dia 13 de setembro de 2008, quando desapareceu. Somente após investigações da Polícia Civil foram descobertas as imagens de duas câmeras de segurança de uma loja e um posto de combustíveis em que Ivanildo aparecia sendo abordado por uma patrulha da PM e colocado no carro policial.
Os militares disseram que teriam liberado o rapaz alguns quilômetros distante do local, mas o achado do cadáver em cova rasa na região da Estrada do Arroz confirmou o crime. Os policiais que haviam feito a abordagem foram presos.
O cantor de pagode Claudionor dos Santos entregou Abreu e Smailly, que foram indiciados por sequestro, homicídio e ocultação de cadáver. Claudionor foi julgado pela acusação de conivência.

Dois dias
O julgamento de Smailly e Abreu pode durar até dois dias ou mais. Um forte esquema foi montado pela Polícia Militar e será aplicado desde as primeiras horas da manhã de hoje para que as pessoas envolvidas no julgamento possam ter toda segurança para trabalhar. O esquema de segurança montado tem por finalidade proteger também os réus.
A acusação estará a cargo do Promotor de Justiça Joaquim Júnior, enquanto que o advogado Eduardo Faustino Lima Sá é o defensor.

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