quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Maranhão bate novo recorde de cobertura vacinal contra a febre aftosa.

         O Maranhão bateu novo recorde no índice de cobertura vacinal contra a febre aftosa, com 97% do rebanho imunizado contra a doença durante a segunda etapa da campanha de vacinação, ocorrida no período de 14 de novembro a 14 de dezembro. O anúncio desta boa notícia para o setor agropecuário maranhense, que com esse resultado deu mais um passo rumo à classificação de zona livre de febre aftosa, foi feito pelo secretário de Agricultura, Pecuária e Pesca (Sagrima), Cláudio Azevedo, durante coletiva de imprensa realizada na tarde desta quarta-feira (25), na sede da Sagrima.
O resultado atingiu a meta da Sagrima e seu órgão vinculado, a Agência de Defesa Agropecuária do Maranhão (Aged) que era o de repetir ou superar o índice recorde de 96,59% registrado na primeira etapa da campanha, realizada em maio de 2011.
Cláudio Azevedo informou ainda que, de acordo com o banco de dados da Aged, atualizado durante a campanha, houve um aumento de 2,06% no rebanho maranhense, que atualmente possui 7.272.822 de cabeças de bovídeos - sendo 7.194.459 bovinos e 78.363 bubalinos, criados em 81.624 propriedades rurais cadastradas na Aged.
Também participaram da coletiva de imprensa o diretor geral da Aged, Fernando Lima; o secretário adjunto da Sagrima, Raimundo Coelho de Sousa; o superintendente substituto da Superintendência Federal do Maranhão, Fábio Bessa de Lima; e o presidente do Fundo de Desenvolvimento da Pecuária do Maranhão (Fundepec), Osvaldo Serra.
O alcance desse índice de cobertura vacinal é fundamental para que o estado seja classificado como zona livre de febre aftosa; já que esta é uma das principais exigências feitas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para que o Maranhão mude de status sanitário.

Na abertura da coletiva, o secretário Cláudio Azevedo fez um relato das ações desenvolvidas desde o ano passado pelo governo estadual para que o Maranhão seja declarado pelo Mapa e pela Organização Internacional de Epizotias (OIE), como zona livre da doença. Atualmente, o Maranhão integra um novo bloco composto pelos estados do Maranhão, Piauí e Pará, que pleiteiam a elevação conjunta da classificação sanitária.

Cronograma
Em reunião realizada este mês com o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, ficou decidido que estes estados serão classificados como zona livre em meados de outubro deste ano, após o cumprimento de uma série de providências, segundo cronograma definido pelo Governo Federal em acordo com os governos estaduais.
O novo cronograma a ser cumprido pelo Maranhão inicia em fevereiro com uma nova auditoria nos estados avaliados, para checar o cumprimento dos itens apontados na primeira avaliação. Em março será iniciado o processo de sorologia do rebanho em 300 propriedades sorteadas pelo ministério, que vai comprovar a inexistência e a não circulação do vírus da febre aftosa nos estados avaliados.
Nos meses de maio e junho será realizada a coleta de sangue dos animais selecionados e envio do material colhido para laboratórios credenciados pelo Mapa. É importante ressaltar que os animais selecionados para a sorologia não participarão da primeira etapa da campanha de vacinação de 2012, prevista para acontecer de 1º a 31 de maio.
Após o término do envio de todo o material coletado para laboratórios credenciados pelo Mapa, estima-se que o ministério realizará a análise sorológica em um período de até 60 dias, que coincidirá com o prazo final para a conclusão dos relatórios de auditoria realizada nos estados candidatos à zona livre. Assim, espera-se que até outubro deste ano o Mapa anuncie, nacionalmente, a nova classificação sanitária dos estados do Maranhão, Piauí, o leste do Pará e também o de Pernambuco, que está em busca da nova classificação.
A caminhada para o reconhecimento internacional será iniciada em novembro, quando o Ministério da Agricultura enviará a documentação para análise da nova classificação sanitária dos estados à Organização Mundial de Saúde (OIE). A expectativa é que a nova classificação sanitária seja pauta da reunião anual da entidade, ocorrida em maio de 2013, quando, finalmente, espera-se que o Maranhão seja declarado oficial e internacionalmente zona livre de febre aftosa com vacinação, estando apto a comercializar sua carne tanto com o mercado nacional como com os principais mercados externos (Estados Unidos e Europa).

Parcerias
O superintendente substituto da Superintendência Federal do Maranhão, Fábio Bessa de Lima afirmou que o novo recorde do índice de cobertura vacinal de 97% é um reflexo enorme do trabalho realizado pelas unidades regionais e locais da Aged. “Estamos satisfeitos com este trabalho árduo da Aged e nós celebramos um convênio no valor de R$ 6,5 milhões porque percebemos que o Maranhão está apresentando resultados”, avaliou ele.
O recurso do convênio celebrado entre o Governo do Estado e o Mapa está sendo utilizado na renovação da frota veicular, informatização e reestruturação física dos escritórios da Aged.
O presidente do Fundepec, Osvaldo Serra ressaltou que os resultados da campanha se devem também ao apoio de diversos parceiros. “A Sagrima e a Aged estão conduzindo esse processo e os criadores perceberam a importância desse trabalho, prova disso é de que o Fundepec arrecadou no ano passado R$ 923.000,00 de contribuição dos criadores por meio das Guias de Trânsito Animal. Em 2010, esse número foi de apenas cerca de R$ 300.000,00”, afirmou Osvaldo Serra.

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