terça-feira, 8 de outubro de 2013

Greve dos bancários chega ao 20º dia com 137 agências fechadas no MA

Sem negociação, a greve dos bancários do Maranhão chega nesta terça-feira ao seu 20º dia. A categoria nacional decidiu nessa segunda-feira (7) rejeitar a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), que ofereceu, no último dia 4, um reajuste salarial de 7,1%. A categoria fará um ato público nesta manhã, às 9h, em frente à agência do Itaú, na Rua da Paz, no Centro de São Luís.
A SEEB-MA afirmou que a proposta da Fenaban foi rejeitada porque é totalmente incompatível com as reivindicações dos bancários. Segundo o sindicato, a cada quatro anos o patrimônio líquido dos bancos dobra. "É exatamente por isso que nós não aceitamos esse reajuste de 7,1%, que é considerado baixo diante de tudo aquilo que produzimos", afirmou José Maria Nascimento.
A greve continua em todo o território nacional tanto nos bancos privados quanto nos públicos. Apesar de a adesão não ser de 100% no Maranhão, o presidente do sindicato diz que já tem o suficiente para pressionar os banqueiros. "A adesão de 100% é um sonho, mas o nível de adesão, de cerca de 85%, já é suficiente para pressionar os banqueiros e os governos a retornarem à mesa de negociação e apresentarem uma nova proposta", garante José Maria Nascimento.
Os bancários de todo o Brasil iniciaram a paralisação desde o dia 19 de setembro; 53% das agências estão fechadas. Os bancários afirmam que só retornarão às atividades quando os patrões apresentarem uma proposta satisfatória. Os trabalhadores votaram pela greve depois que a Fenaban se recusou a atender as principais reivindicações da categoria.
No Maranhão, 137 agências bancárias estão com as atividades paralisadas, o que corresponde a 85% de adesão. De acordo com o sindicato, além do reajuste salarial e do aumento do efetivo nas agências, a categoria, também, reivindica isonomia, respeito à jornada de 6h, PLR de 25% do lucro líquido distribuídos de forma linear, piso do Dieese (R$ 2.860,21), reposição das perdas salariais, combate ao assédio moral, fim das demissões imotivadas,saúde, segurança, respeito à Lei das Filas e melhora das condições de trabalho e atendimento nas agências.

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