sábado, 5 de outubro de 2013

Bancários rejeitam proposta, e greve continua


BRASÍLIA – Em nota divulgada na noite desta sexta-feira (4), a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) indicou a rejeição da proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e a manutenção da greve, que completou 16 dias nesta sexta-feira (4). A nota informa que o Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, vai orientar os sindicatos do país a rejeitar a proposta em assembleias.
De acordo com Carlos Cordeiro, presidente da Contraf e coordenador do Comando Nacional dos Bancários, os bancos podem fazer propostas mais vantajosas aos seus funcionários. “Até setores da economia muito menos lucrativos estão fazendo acordos com seus trabalhadores com reajustes salariais maiores. Os bancários estão fazendo a maior greve dos últimos 20 anos e os bancos têm condições de melhorar a proposta”.
Os bancários pedem índice de 11,93% (aumento real de 5%), piso salarial de R$ 2.860,21 e PLR de três salários base, mais parcela adicional fixa de R$ 5.553,15. Além disso, eles pedem a valorização dos vales refeição e alimentação (no valor de um salário mínimo, R$ 678) e melhores condições de trabalho, com o fim das metas individuais e abusivas.
Veja, na íntegra, a proposta oferecida pela Fenaban
A Federação Nacional dos Bancos – FENABAN apresentou nesta sexta-feira, 4 de outubro, às lideranças sindicais dos bancários proposta global contendo reajuste salarial de 7,1%, que corrigirá salários e benefícios.
Os pisos da convenção coletiva serão reajustados em 7,5%.
Será mantida a mesma fórmula de participação nos lucros, com correção dos valores fixos e de tetos em 10%. Dependendo do lucro do banco, por exemplo, a PLR de um caixa pode chegar a 3,5 salários.
A FENABAN ressalta que o piso salarial da categoria subiu mais de 75% nos últimos 7 anos e os salários foram reajustados em 58%, ante uma inflação medida pelo INPC de 42%. Ou seja, somente o piso salarial registrou aumento real de 23,21%. A proposta deve ser avaliada considerando não só os ganhos deste ano, mas também os dos últimos anos, que são bastante significativos, afirma o diretor de Relações do Trabalho da FENABAN, Magnus Ribas Apostólico.
Pela proposta, o piso salarial para bancários que exercem a função de caixa passará para R$ 2.209,01 para jornadas de seis horas. Entre outros benefícios, estão previstos reajuste do auxílio refeição, que sobe para R$ 22,98 por dia; a cesta alimentação passa para R$ 394,04 por mês, além da 13ª cesta neste mesmo valor, e auxílio-creche mensal de R$ 327,95 por filho até 6 anos.

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