sexta-feira, 6 de julho de 2012

Polícia encontra arma que pode ter sido usada para matar Décio Sá.


São Luís - A arma utilizada por Jhonatan de Souza Silva para assassinar o jornalista Décio Sá foi encontrada pela polícia em uma duna na praia do Calhau, na tarde dessa quinta-feira (5).
A pistola .40 estava enterrada próxima a um arbusto no alto da duna que foi usada pelo assassino confesso do jornalista Décio Sá como rota de fuga. O crime aconteceu no dia 23 de abril deste ano.
Em depoimento, Jhonatan disse que a intenção dele era retornar ao local onde havia escondido a arma para pegá-la. No entanto, o criminoso confessou ter ficado com medo de voltar ao local.
No procedimento de reconstituição, realizado na última terça-feira (3), o executor apontou o local exato onde havia deixado a pistola. Além de Jhonatan de Souza Silva, promotores, delegados e peritos criminais participaram da busca pela pistola .40.
A arma foi encaminhada para a Superintendência de Investigações Criminais (Seic) e, posteriormente, ao Instituto de Criminalística do Maranhão (Icrim-MA) para a realização do exame de balística para confirmar se a pistola é a mesma usada no crime. De acordo com o secretário-adjunto da Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP-MA), Laércio Costa, a numeração da arma está raspada.
Laudo - Segundo o diretor do Icrim, Carlos Henrique Roxo, o laudo que será elaborado após a reconstituição do assassinato do jornalista Décio Sá, realizada nessa terça-feira (3), poderá ser divulgado dentro de 10 dias. “Trata-se de um laudo muito grande e que deve ser bem detalhado dado os diferentes aspectos que compõe o momento o crime. Por isso, vai demorar um pouco para que fique pronto. Acredito que podemos conseguir que ele seja concluído em até 10 dias”, afirmou.

A reconstituição foi realizada em quatro momentos e em três locais diferente. O primeiro momento, por volta das 16h, foi em frente ao Sistema Mirante, local em que Jhonatan de Souza Silva observou a chegada do jornalista no local de trabalho. O segundo local foi em um quiosque na Ponta da Areia, onde Jhonatan bebeu uma água de coco e se encontrou com um comparsa. De lá, ele seguiu para um sítio no Araçagi, que seria uma propriedade de Bolinha. À noite, a equipe de reconstituição refez o momento em que o jornalista sai do trabalho e é seguido por Jhonatan. Por fim, eles refizeram o assassinato de Décio Sá e a fuga pelas dunas do assassino confesso.
Comportamento - O comportamento frio de Jhonatan de Souza Silva durante toda a reconstituição surpreendeu a imprensa e curiosos que acompanhavam a reconstituição. O delegado Marcos Afonso Júnior, que coordena a equipe responsável pelas investigações do assassinato do jornalista, disse que durante os depoimentos o comportamento do assassino confesso foi da mesma forma.
“Ele é muito frio é um comportamento que surpreende a todos. Faríamos uma avaliação psicológica se os inúmeros assassinatos cometidos por ele não tivesse o único intuito de obter dinheiro. O que confirma que os crimes não foram cometidos por um instinto assassino ou um desvio psicológico como acontece com os assassinos seriais”, explicou Marcos Afonso.

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