O articulador do sequestro foi Antonio Diacuí, ex-funcionário do pai de Pedro Paulo, Jurandir Mellado, demitido há dois anos(Três sequestradores presos e transferidos para Imperatriz: Ricardo Feitosa dos Santos, Bruno Francisco e Antonio Diacuí)
Imperatriz - Com a
presença do secretário de Segurança Pública, Aluísio Mendes; do
secretário-adjunto de Segurança, Laércio Costa; do superintendente de
Polícia Civil do Interior (SPCI), Jair de Paiva Lima; do delegado
regional de Imperatriz, Assis Ramos; do superintendente estadual de
Instituições Criminais, delegado André Gossain, e do delegado Tiago
Bardhal, foram apresentados no início da noite dessa quarta-feira (11)
três das cinco pessoas que foram presas acusadas de envolvimento no
sequestro do menino Pedro Paulo Lemes Mellado. Os outros dois acusados
ainda se encontram em Araguaína-TO e somente hoje é que serão trazidos
para Imperatriz.
Os
representantes do Ministério Público, os promotores Joaquim Júnior e
Reginaldo Carvalho, que acompanharam as investigações, também
participaram da coletiva.
Em
Imperatriz, foi preso Antonio Diacuí, que é ex-funcionário de Jurandir
Mellado, pai de Pedro Paulo. Ele é proprietário de uma padaria no bairro
Vila Nova e o articulador de toda a trama para o sequestro. Segundo a
polícia, ele fez toda a articulação e entregou a “parada” para o bando
de sequestradores. Antonio Diacuí é ex-funcionário de Jurandir Mellado e
foi demitido há dois anos, mas mantinha relação de negócios com o
empresário, que tem uma empresa que fornece equipamentos e insumos para
padarias.
Em Marabá-PA,
foram presos Ricardo Feitosa dos Santos, um dos dois indivíduos que
praticaram a ação criminosa na casa dos pais de Pedro Paulo, de onde ele
foi sequestrado junto com a babá, dia 27 de junho; e Bruno Francisco,
que deu apoio logístico à quadrilha. Ricardo Feitosa é um dos
sequestradores do retrato falado, justamente aquele que usa aparelho nos
dentes.
Os dois elementos presos em Tocantins não tiveram os seus nomes declinados.
Segundo
o secretário, quatro mandados de prisão ainda faltam ser cumpridos. São
mandados de prisão contra três homens e uma mulher, os quais estão
foragidos e são de Marabá, estado do Pará. Uma dessas pessoas que ainda
faltam ser presas é um homem que tem dez mandados de prisão por
sequestros, homicídios e assaltos.
“Esse
homem é de altíssima periculosidade e tem como especialidade
sequestros”, disse o secretário Aluísio Mendes. De acordo com
informações do secretário Aluísio Mendes, o bando é composto por nove
elementos, entre eles uma mulher, que é suspeita de ter cuidado de Pedro
Paulo no cativeiro.
Com os
bandidos presos, a polícia apreendeu alguns copinhos de plástico onde
eram colocadas as mensagens direcionadas à família de Pedro Paulo. As
mensagens diziam o que era para a família fazer.
A
polícia informou que essa quadrilha é muito organizada e prática, pois
usava chips de memória de celulares para a comunicação. Segundo Aluísio
Mendes, esse tipo de dispositivo somente havia sido usado uma vez no
Brasil, no Paraná.
Resgate pago
A
família de Pedro Paulo pagou o resgate de R$ 500 mil aos sequestradores
seguindo orientação da polícia, que rastreou os passos dos
sequestradores até o cativeiro. A principal preocupação da polícia, como
não poderia deixar de ser, sempre foi a preservação da vida do menino
Pedro Paulo. “Esse foi o principal motivo de os acusados não terem sido
presos anteriormente”, garantiu Aluísio Mendes.
A
polícia conseguiu recuperar R$ 60 mil do dinheiro pago pelo resgate.
Segundo a polícia, cerca da metade do dinheiro pago pelo resgate ficou
com o chefe da quadrilha. Antonio Diacuí também receberia parte do
dinheiro.
A princípio, por
orientação da polícia, foi negado pela família o pagamento do resgate.
Todas as pessoas presas estão com mandados de prisões emitidos pelo
judiciário de Imperatriz, que inclusive foi bastante elogiado pelo
secretário Aluísio Mendes pela presteza na decretação dessas prisões.
Investigações continuam
O
delegado Assis Ramos informou que as investigações vão continuar, mesmo
para que os bandidos que ainda estão foragidos possam ser presos.
Assis
Ramos, que foi o coordenador de toda a investigação, dando suporte
técnico aos policiais, pediu desculpas aos jornalistas porque durante
todos esses dias não pôde falar nada para que as investigações tivessem o
êxito esperado, como realmente aconteceu.
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