quinta-feira, 22 de março de 2012

Internas da Penitenciária Feminina recebem qualificação profissional.

Apenadas durante aula do curso de culinária
 Para trabalhar a autoestima das internas do sistema prisional, a Secretaria de Estado de Justiça e de Administração Penitenciária (Sejap) realiza, nesta quinta-feira (22), a 4ª edição do concurso Miss Crisma, para a escola da mais bela presa.
Treze apenadas do regime fechado foram selecionadas para desfilar. Elas receberam aulas de etiqueta, passarela e maquiagem, além de participarem de palestras de motivação pessoal ministradas pelo setor psicossocial da Sejap. “Não é só a eleição da beleza, mas sim de valores. Estamos cultivando pessoas e acima de tudo promovendo uma reflexão que combate o preconceito” destacou a diretora Josiane Furtado.
No ano passado, 16 internas participaram do concurso. As vencedoras da 3ª edição do Miss Crisma foram: 1º Joicilene Gaspar, 2º Marcelly Cantanhede, 3º Elizabeth Yadira.

Outros benefícios
A Secretaria de Estado de Justiça e de Administração Penitenciária (Sejap) está oferecendo, também, as apenadas do presídio feminino, localizado no complexo Penitenciário de Pedrinhas, cursos de Corte e costura, Culinária, telecomunicação, artesanato, fabricação de bijuterias e técnico em segurança, além de aula de alfabetização.
Os cursos proporcionam as presas, qualificação para o mercado de trabalho, eleva a autoestima, ajuda a reduzir a pena de reclusão das apenadas, além de auxiliar no processo de ressocialização, a fim de diminuir o número de reincidência.
Para a secretária do setor de segurança e disciplina do presídio feminino, Maria José Silva, a qualificação das presas é um trabalho primordial no processo de ressocialização. “Eu acredito que isso possibilita as internas um novo começo e uma oportunidade no mercado de trabalho. Muitas delas já até sonham em conseguir emprego depois que saírem daqui”, contou.
A diretora do presídio feminino, Josiane Furtado, destacou que os cursos oferecidos fizeram com que a rotina das presas mudasse completamente. “Acredito que hoje elas têm um novo foco na vida. Muitas delas saem daqui e já iniciam um negócio para se manter. Além disso, o comportamento delas melhorou muito, hoje elas são bem mais unidas”, afirmou.
Após a conclusão dos cursos, as apenadas são beneficiadas pela Sejap, por meio da ajuda de empresas e instituições parceiras, que oferecem às internas a possibilidade de se integrarem a vida social após o cumprimento da pena. “O trabalho já tem rendido bons frutos, uma ex-interna trabalha atualmente como gerente de uma malharia no Acre. Ela me ligou contando que conseguiu o emprego numa malharia e alguns meses depois retornou a ligar para dizer que foi promovida para gerente”, disse a diretora.

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