quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Anvisa decide proibir cigarro com sabor, mas adia votação.

SÃO PAULO - A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) "chegou a um consenso" sobre a proibição de adivitivos (como menta e cravo) nos cigarros comercializados no Brasil em reunião na terça-feira (14), segundo nota oficial da agência. A votação que decide a proibição de fato, no entanto, foi adiada para a próxima reunião da Diretoria Colegiada, em março.
Se a votação seguir o consenso da diretoria, os fabricantes terão até 18 meses para tirar os cigarros com sabor do mercado nacional.
“A resolução terá impacto direto em uma das principais estratégias da indústria para incentivar que jovens comecem a fumar, já que a adição de substâncias, como mentol, cravo e canela, mascara o gosto ruim da nicotina e torna o tabaco um produto mais atraente para esse público”, afirmou, em nota, o diretor da Anvisa, Agenor Álvares.
De acordo com dados da Anvisa, entre 2007 e 2010, o número de marcas de cigarro com sabor cresceu de 21 para 40.

Aditivos
A proposta votada prevê retirar do mercado aditivos que tornam o sabor do tabaco mais agradável, como mentol, canela e cravo. Também podem ser proibidas outras substâncias, que servem para aumentar o efeito da nicotina no organismo, como o acetaldeído, o ácido levulínico, a teobromina , a gama–valerolactona e a amônia. A nicotina é a substância que causa o vício no cigarro.

Fim do 'light'
Além dos aditivos, a Anvisa quer também proibir o uso de expressões que possam "induzir o consumidor a uma interpretação equivocada" sobre os males do fumo. Por exemplo: "light", "ultra baixo", "soft", "leve", entre outros. Nas embalagens, esses termos já estão proibidos desde 2001.

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