Agradecer
e festejar o dom da colheita. Esse é o objetivo da Festa da Colheita, uma
comemoração que acontece anualmente em comunidades do interior do município de
Açailândia. Esse ano, a festividade vai acontecer domingo (3) no Assentamento
Francisco Romão, localizado na região de Novo Oriente, a 70 km do município de
Açailândia. O evento é organizado pela Paróquia São João Batista em parceria
com a Casa Familiar Rural e o Sindicato dos Trabalhadores Rurais.
A
Festa da Colheita é uma celebração religiosa e cultural que valoriza a
agricultura familiar, o trabalho e a vida dos assentamentos rurais, em
agradecimento pelos frutos de suas terras. Nesse domingo, a programação no
Assentamento Francisco Romão conta com um café da manhã na acolhida dos
convidados, em seguida será celebrada uma missa pelo Bispo Diocesano Dom
Gilberto Pastana. No final da manhã terá um almoço comunitário e depois uma tarde
cultural.
De
acordo com Venilde Silva, membro da organização e secretária da Paróquia São
João Batista em Açailândia, durante a tarde terá apresentações de grupos como o
Bumba-meu-boi, dança do lindôr, cordéis, teatro e dança com o projeto Arte e Comunidade.
Para ela a finalidade maior é fortalecer a ligação entre campo e cidade e
confraternizar com as comunidades do interior.
“O evento já tem
700 pessoas confirmadas, dentre elas o Bispo Dom Gilberto Pastana, o
vice-prefeito de Açailândia, Antônio Erismar, a Secretária de Agricultura de
Açailândia, Neide Morais e comunidades de Assentamentos e da Paróquia São João
Batista”,
afirmou Venilde Silva. Na ocasião ainda
estarão presentes entidades como a Rede Justiça nos Trilhos e o Centro de
Defesa da Vida e dos Direitos Humanos,representantes do município de Buriticupu
que vão pedir socorro pela crescente violência no campo, além de várias
famílias do acampamento Estrela Dalva, atualmente ocupantes da área que sediava
o INCRA no centro de Açailândia, em busca de uma terra para trabalhar.
Para
o Bispo Dom Gilberto Pastana, o sentido dessa festividade é agradecer o dom da
colheita. “Na festa, os agricultores
trazem frutos da terra para celebrar como sinal de agradecimento. Diante de um
contexto que expulsa os trabalhadores da terra por causa da violência no campo,
ela acaba sendo uma valorização do trabalho e contribui para que os
agricultores continuem trabalhando na terra. É um momento muito rico, de união
entre as comunidades e de compartilhamento”, ressalta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário